Mostrando postagens com marcador EDUARDO ANTONIO DE SOUZA NETTO (in memorian). Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador EDUARDO ANTONIO DE SOUZA NETTO (in memorian). Mostrar todas as postagens

sábado, 21 de junho de 2025

A propósito do ‘É, pois é, Zé!’

 



Imagem ilustrativa ]
Não faz parte  da matéria original


 
 

Sirenes desesperadas no caos de nossas ruas: o som de Ubatuba, a trilha sonora desta temporada. Fico a imaginar o cenário do nosso hospital: o calor senegalesco e a muvuca do entre e sai de ambulâncias e a impotência dos que esperam ser atendidos. Impressiona também a bagagem civilizacional das pessoas nas ruas, sejam a pé, de bicicletas, motos ou automóveis. Coisa de primeiro mundo. Eis um retrato eloquente do nosso turismo, da nossa principal fonte de riqueza.


sexta-feira, 20 de junho de 2025

Personagem da nossa história

 




Basilio de Morais Cavalheiro Filho
Ex Prefeito de Ubatuba SP


 
 

Ele foi personagem, protagonista de um dos períodos mais conturbados da nossa história política. Nada comparável, é claro, ao que nos tem assolado nas últimas duas décadas – atuações políticas com um olho na opinião pública e outro na barra dos tribunais. Gestões sub judice. Esse personagem foi vereador, presidente da Câmara Municipal e prefeito de Ubatuba: Basílio de Morais Cavalheiro Filho.

Na primeira vez, foi um mandato tampão, devido à renúncia forçada do então prefeito José Alberto dos Santos e do vice, João Coutinho. Basílio era na época o presidente da Câmara. Esse episódio teve também outro protagonista: o vereador Benedito Rodrigues Pereira Filho. Rodrigues foi quem, em outubro de 1970, requereu ao presidente da Câmara que remetesse à Comissão Estadual de Inquérito e ao Comando Geral do II Exército as denúncias de corrupção praticadas pela Administração Municipal e pedia ainda a intervenção no município.

sábado, 5 de abril de 2025

Tartarugada em Ubatuba

 


Imagem  meramente ilustrativa, não

faz parte da matéria original publicada no ubaweb.com

 
 

Disseram-me que haveria uma superpopulação de tartarugas nas águas da baía da cidade. Se for verdade, a coisa é séria. Pode ser bom por um lado e mau por outro, como tudo na vida. É bom porque atesta a competência dessas pessoas que ganham a vida preservando espécies animais. Por outro lado, é mau porque, atingido o objetivo e até mesmo ultrapassando-o (já que supostamente há uma superpopulação dessa espécie), os argumentos para se conseguir dinheiro (público ou privado) para o mesmo projeto ficariam mais complicados. 


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Julinho e a ortopedia galinácea

 


Imagem meramente ilustrativa , não faz parte da matéria original publicada no site ubaweb.com

Eduardo Souza
05/10/2010 - 10h06

 
 

Reconheço que sou um pouco conservador, no que diz respeito à ordem espontânea, ou seja, ao conjunto de soluções aprendidas ao longo do tempo. Uma ordem que não foi imposta por ninguém, mas que nasceu das relações de convívio de uma comunidade. Isso não quer dizer que rejeito mudanças. O mesmo não posso dizer de alguns amigos meus que são teimosos e até mesmo radicais na conservação de certos costumes tradicionais do ordenado e extinto mundo caiçara. São tão aferrados a certas práticas que acabam se dando mal.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Bairros e comunidades de Ubatuba

 Essa imagem é meramente ilustrativa - não faz parte da publicação original
 

Até certa época, havia em Ubatuba o que chamamos de bairrismo, que se fazia sentir em determinadas situações, principalmente nas disputas futebolísticas. Quando certos bairros se confrontavam, torcida e jogadores às vezes chegavam às vias de fato. Perequê-Açú, Itaguá, Lázaro, Sertão da Quina, são alguns dos bairros de que me lembro cujos times de futebol estimulavam confrontos exacerbados. Interessante é que havia também o bairrismo regional. As cidades do Litoral Norte quando se confrontavam, em qualquer modalidade esportiva, principalmente se os pelejadores fossem Ubatuba versus Caraguatatuba, o tempo esquentava.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

AMIZADE






Essa imagem é meramente ilustrativa - Não faz parte da matéria original
 

No sábado, o Toninho surpreendeu-me. Presenteou-me com uns dois quilos de mistura. Peixes pequenos que vêm nas redes de pesca de camarão. É que, dias atrás, havíamos conversado por telefone e eu lhe falara de estar com vontade de comer esses peixinhos, bem fritinhos, acompanhados de feijão, farinha, arroz e uma saladinha de tomate temperada com sal, azeite, vinagre e salsinha. Coisinha simples. Dissera-lhe também que estava (e ainda estou) com dificuldades para sair de casa e ir ao mercado de peixe. Pois não é que o querido amigo me aparece em casa, sábado pela manhã, com uns dois quilos de embetaras já consertadas, limpinhas, prontinhas para fritar.


sábado, 8 de fevereiro de 2025

Ubatubanos

 


                                             Imagem de arquivo, aqui só para ilustrar essa 
                                             matéria  (não faz parte da matéria original

 

Textos interessantes nos trazem o José Ronaldo [dos Santos] e o Julinho Mendes. O primeiro, sobre a preservação da cultura caiçara, o segundo, uma história do saudoso Lindolpho Alves Pereira, o “Prééééga fogo!”. O Zé Ronaldo argumenta sobre a necessidade da preservação de comunidades caiçaras. Cita a do Puruba, e nos brinda com uma foto do “Seo Antonio”, balseiro aposentado, quero crer, do rio do Puruba, consertando uns peixinhos que, pelo jeito, me parecem paratis barbudos...

domingo, 19 de janeiro de 2025

PESCARIA

 


Imagem meramente ilustrativa, não faz parte da publicação original do site ubaweb.com


19/09/2011 - 09h02
Pescaria
 
 

O dia amanheceu cinzento. Domingo, a chuva dera uma trégua. Não agüentava mais ficar olhando para as paredes. Resolvi pescar na boca da barra do rio Grande, ali pertinho de casa. Devia ter lá os meus 12, 13 anos. Quando me viu pegar a linhada de mão, minha mãe logo veio metendo bronca: “Hoje não é dia de pescar. Não quero você na beira do rio ou na costeira!” Ela se descuidou, eu saí de fininho. Passei no mercado de peixe, que na época ficava ao lado do posto de gasolina do Fiovo Frediani, pedi um punhado de camarão ao Seu Pinho e me mandei lá para baixo da velha ponte de madeira, sobre o braço esquerdo do rio.


UM GALO SORTUDO

 





Imagem meramente ilustrativa, não faz parte da publicação original do site ubaweb.com

Um galo sortudo
 
 

Ganhei um frango, na verdade, um galo, de minha nora. Explico-me. Numa conversa recente, disse-lhe que estava com uma vontade danada de comer frango caipira ensopado, com mandioca, batata, hortelã castelo e pimenta de cheiro. Feito na panela de barro que a Isildinha me comprou numa viagem que ela fez ao litoral do Espírito Santo. Dias depois dessa conversa com minha nora, apareceu-me em casa o frango. Só que veio vivo!


sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

CANOA CAIÇARA

 

Sidney Borges 

Talvez pela simplicidade, talvez por ser primitiva - neste mundo ansioso de novidades tecnológicas, confortáveis e fugazes -, a canoa é para mim algo belo, uma obra de arte. Fui levado a refletir sobre o tema ao deitar os olhos na foto da canoa que encima as páginas do Ubatuba Víbora, do amigo Sidney Borges. A canoa em terra, na areia da praia, solitária, à espera do dono e, diante de si, o mar... Belíssima foto!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

SIRI NA LATA E A TEMPORADA EM UBATUBA

 


Imagem meramente ilustrativa, ela não faz parte da materia original abaixo compartilhada neste blog


 
 

Tenho lido uma coisinha aqui, outra ali sobre planejamento e desenvolvimento dos municípios. Chamam-me atenção nessas leituras alguns termos recorrentes: articulação, co-responsabilidade, compromisso, interesses, são alguns deles. Dentre as invariantes que encontrei nesses textos e que, quero crer, se aplicaria ao caso de Ubatuba, a de articulação na negociação equilibrada de interesses é, a meu ver, a mais importante. Essa articulação se daria entre empresários, a sociedade civil organizada e o poder público. Um triângulo imprescindível no processo de planejamento do desenvolvimento do Município.


terça-feira, 17 de setembro de 2024

UBATUBA APÁTICA

 



Imagem meramente ilustrativa , ela não faz parte da matéria original compartilhada aqui..

 
 

Ouvi alguém dizer que, nos últimos tempos, nada de relevante acontece nesta cidade. Eu contestaria dizendo que tivemos um incêndio num estabelecimento comercial no centro da cidade que serviu, segundo alguns, para exercitar a eficiência do Corpo de Bombeiros que, depois de certo tempo, chegou ao local, pondo fim ao sinistro. Mas afora isso, nada.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

AMIZADE

 



A imagem acima não faz parte da matéria original aqui compartilhada, ela é apenas ilustrativa

 
 

No sábado, o Toninho surpreendeu-me. Presenteou-me com uns dois quilos de mistura. Peixes pequenos que vêm nas redes de pesca de camarão. É que, dias atrás, havíamos conversado por telefone e eu lhe falara de estar com vontade de comer esses peixinhos, bem fritinhos, acompanhados de feijão, farinha, arroz e uma saladinha de tomate temperada com sal, azeite, vinagre e salsinha. Coisinha simples. 

domingo, 15 de setembro de 2024

Eu?... Passarinho!

 




A  imagem  da capa do livro  de  Mario Quintana cima   citada neste texto não faz parte da matéria original aqui compartilhada,  ela aqui é meramente ilustrativa 

 
 

Alguns dos meus textos podem, equivocadamente, passar a ideia de que sou um predador, alguém que não respeita ou que estimula o desrespeito à natureza. Na verdade, o caiçara sempre foi quem mais preservou a Mata Atlântica. A historiadora Kilza Setti é também dessa opinião. O litoral começou a sofrer depredações ambientais quando o caiçara vendeu suas terras e os novos proprietários as transformaram em loteamentos. Essa ocupação horizontal do solo acabou com as árvores frutíferas que havia em toda propriedade caiçara.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

MORRO DA PRAINHA

 


Morro da Prainha - Ubatuba SP .Imagem acima de arquivo, não faz parte da matéria original abaixo compartilhada.


Morro da Prainha
 
 

Você pode imaginar alguma criança, algum adolescente que tivesse quase uma cidade inteira como quintal para brincar? Eu tive, os da minha geração tiveram. Nesse quintal, há uma área que me traz muitas recordações daqueles tempos, circunscrita pela Praia do Cruzeiro, a boca da barra do Rio Grande da cidade, o morro Curuçá ou Morro da Prainha (conhecida nos tempos atuais como Prainha do Matarazzo).

Esse morro era uma espécie de posto avançado na baía da cidade, de atalaia para o enfrentamento de quem ousasse, vindo pelo mar, atacar a então Villa de Ubatuba. No alto, em sua vertente, há uma valeta que a percorre no sentido da Praia do Perequê-Açú. Disseram-me tratar-se de uma trincheira. Aquela gruta que há defronte à Avenida Felix Guisard, dizem ter sido um túnel que sairia na Praia do Perequê-Açú.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

`Capitão Deolindo´ - o nosso ginásio

 

Falar do "Capitão Deolindo" é lembrar das namoradas, dos amigos que tenho até hoje, dos professores, dos funcionários, é lembrar dos bailinhos de formatura para arrecadar fundos, realizados nas casas dos próprios formandos. É lembrar dos professores que acabaram se tornando nossos amigos: César Aranha, Hércules Cembranelli, Jair Geraldo, José Wilson, Maurício Pisciotta, Joaquim Barbosa, Waldir Marques, Joaquim Lauro, Wilma Alves, Sílvia Ley, Day Ferreira, Fernando Almada, Fernando Carvalho dentre outros. É recordar-se do Grêmio Estudantil 28 de Abril que sempre esteve presente nas promoções desportivas e na vida social do município. É falar do Zezito, do Mané Hilário e da Zanel. É trazer à lembrança o melhor diretor que o ginásio teve: José Celestino Aranha.

Quantas gerações de ubatubanos se sentaram naqueles bancos escolares? Quantas histórias têm para nos contar aqueles que estudaram no Ginásio Estadual (hoje Colégio Estadual) "Capitão Deolindo de Oliveira Santos"? Terminei o ginásio (8ª série nos dias de hoje) em 1969, no prédio onde hoje está instalado o colégio Olga Gil. Era uma situação provisória. Aguardava-se o término e entrega do prédio que estava sendo construído pelo governo estadual. O mestre de obras na construção era o saudoso Antônio Canabrava.

Os terrenos onde hoje estão instalados os prédios do Colégio Capitão Deolindo, piscina, Tubão e Delegacia de Polícia foram desapropriados para servirem a estas instituições e, ao mesmo tempo, serviram ao arruamento dos loteamentos Umuarama e Jardim Nova Ubatuba (SILOP). É bom frisar que o perímetro urbano da cidade terminava na Rua Gastão Madeira. A partir daí, era só mato e trilhas. A Rua Conceição, por exemplo, terminava na casa do Quinito Vigneron. Havia uma cerca e, depois dela, um caminho que passava rente a um poço enorme, onde havia muitas rãs, e prosseguia, indo até a salga do Tanaka, lá na Aratoca. A Rua Dona Maria Alves terminava na Esquina das Máquinas, mais ou menos onde hoje está situada a SABESP. A partir daí transformava-se num caminho de chão batido, ancestral da futura SP-125, Rodovia Oswaldo Cruz.

A construção de um prédio próprio para o Capitão Deolindo, que até então funcionava no do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva (e somente em horário noturno) era uma antiga reivindicação e uma luta que envolveu principalmente os integrantes da USU - Unidos a Serviço de Ubatuba. Em 1968, quatro representantes dessa entidade estiveram em São Paulo para tentar acelerar o processo de doação da área e início da construção do prédio. Quem melhor pode falar sobre esses acontecimentos é o amigo Celso Teixeira Leite que, tempos depois, viria ser prefeito de Ubatuba. Nesses tempos, a USU, que tinha a participação de muitos jovens, também se articulava para conseguir implantar a Escola de Comércio (a Tancredo Neves de nossos dias), o que viria ocorrer pouco tempo depois. Naqueles tempos, caro leitor, a militância não era por um mundo melhor, mas por uma Ubatuba melhor, que pudesse oferecer melhores condições de ensino a seus filhos.

A presença do Ginásio Estadual "Capitão Deolindo de Oliveira Santos" na vida de Ubatuba era intensa. De repente, tudo isso acabou. A impressão que se tem é que os jovens não estão interessados em questões coletivas, mas tão somente em seus interesses pessoais. São os novos tempos.


Nota do Editor: Eduardo Antonio de Souza Netto [1952 - 2012], caiçara, prosador (nas horas vácuas) de Ubatuba, para Ubatuba et orbi.

TEXTO PUBLICADO ORIGINALMENTE  VIA  UBAWEB  em 30 de Maio de 2012

FONTE :  https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=39977