SOBRE AS PLANTAS QUE PRODUZEM FLORES AZUIS DA MATA ATLANTICA

 

Na Mata Atlântica, algumas flores azuis se destacam pela sua beleza e raridade. Um exemplo notável é a Brunfelsia uniflora, conhecida como "manacá-da-serra". Essa planta é apreciada por suas flores que podem variar do branco ao azul, dependendo da fase de abertura e das condições de cultivo. As flores têm um aroma agradável e são bastante atrativas para polinizadores.
Outra planta que merece destaque é a Clitoria ternatea, popularmente conhecida como "erva-borboleta" ou "flor de borboleta". Suas flores são de um azul vibrante e são frequentemente utilizadas na culinária e na medicina tradicional.
Também, a Vinca (ou "flor-de-maio") também pode ser encontrada em algumas áreas da Mata Atlântica, apresentando flores de tonalidades azuis e roxas. Essas plantas, além de embelezarem a paisagem, desempenham papéis importantes nos ecossistemas locais, atraindo polinizadores e contribuindo para a biodiversidade.
E por último, a raríssima Griffinia ornata, recém encontrada aqui em Ubatuba, depois de ser considerada extinta, seu último avistamento havia sido há 139 anos.
Griffinia ornata, uma planta sem nome popular, é um lírio exclusivo do Brasil, caracterizado por flores grandes, volumosas e de coloração azul,ornata floresce entre os meses de outubro a dezembro, com a frutificação a partir do mês de novembro.






Essas flores azuis são exemplos da rica diversidade da flora da Mata Atlântica e ressaltam a importância da conservação desse bioma, que enfrenta várias ameaças, incluindo desmatamento e urbanização.
Flores azuis são consideradas raras na natureza por várias razões, que envolvem aspectos genéticos, ambientais e químicos. Aproximadamente menos de 10% das flores selvagens nativas são azuis, e uma das principais razões para essa raridade é a complexidade da química necessária para absorver todas as cores da luz visível, exceto o azul.




Colabou Lidi Leche - Tamoio de Ubatuba
via facebook

As plantas que produzem flores azuis frequentemente utilizam uma combinação de pigmentos para alcançar essa cor. Por exemplo, muitas delas utilizam uma receita que envolve seis moléculas de antocianina, seis moléculas de um copigmento e dois íons de um metal. Além disso, algumas plantas obtêm a cor azul por meio da delfinidina, uma molécula que difere da cianidina apenas por carregar um átomo de oxigênio adicional em um local específico. A delfinidina é responsável por muitos dos tons de azul mais conhecidos do mundo, como o da genciana.

Outros fatores que contribuem para a raridade das flores azuis incluem genética e pigmentos, o pH do solo, a polinização, as condições ambientais e a evolução e seleção natural.
Em relação à polinização, muitas vezes os polinizadores, como abelhas e borboletas, são mais atraídos por cores como amarelo e vermelho. Isso pode limitar a reprodução das plantas com flores azuis, pois elas podem ter menos visitantes polinizadores. A cor azul pode não ser tão visível ou atraente para esses polinizadores em comparação com as cores mais vibrantes. Como resultado, a baixa taxa de polinização pode afetar a capacidade das plantas azuis de se reproduzirem e se estabelecerem em seus habitats.
Esses fatores combinados ajudam a explicar por que flores azuis são relativamente raras em comparação com outras cores mais comuns.

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