| Eduardo Souza |
| 19/09/2011 - 09h02 |
| Pescaria |
O dia amanheceu cinzento. Domingo, a chuva dera uma trégua. Não agüentava mais ficar olhando para as paredes. Resolvi pescar na boca da barra do rio Grande, ali pertinho de casa. Devia ter lá os meus 12, 13 anos. Quando me viu pegar a linhada de mão, minha mãe logo veio metendo bronca: “Hoje não é dia de pescar. Não quero você na beira do rio ou na costeira!” Ela se descuidou, eu saí de fininho. Passei no mercado de peixe, que na época ficava ao lado do posto de gasolina do Fiovo Frediani, pedi um punhado de camarão ao Seu Pinho e me mandei lá para baixo da velha ponte de madeira, sobre o braço esquerdo do rio. |








